Foi apresentada, esta manhã, no âmbito das Comemorações do Dia Mundial da Protecção Civil em Fafe, a Primeira Unidade Local Protecção Civil do Concelho, na União de freguesias de Agrela e Serafão. Um momento que, Raul Cunha, Presidente da Câmara Municipal de Fafe, considerou “muito importante. É um passo fundamental e que espero ver replicado em mais freguesias do concelho. Hoje, que, curiosamente, é também o Dia Mundial do Elogio, nada melhor que elogiar o Presidente da Junta de Agrela e Serafão e toda a população por toda a dedicação, interesse e disponibilidade que demonstraram na criação desta Unidade Local de Protelação Civil.”
“A tragédia a que o ano passado assistimos, com a morte de mais 100 pessoas nos incêndios florestais, fez com que o assunto da Protecção Civil se tornasse uma prioridade de todos nós e do Governo para que uma situação semelhante não volte acontecer. E daí a necessidade de fazermos um esforço grande para activarmos e desenvolver todas as Unidades de Protecção Civil, coordenando esforços e recursos para minimizar possíveis efeitos negativos de catástrofes e ocorrências.”
“A Protecção Civil trata de vidas humanas e, portanto, é com enorme gosto que hoje aqui apresentamos esta primeira Unidade Local de Protecção Civil do concelho de Fafe”, rematou o autarca.
Artur Neves, Presidente da União de Freguesias de Agrela e Serafão, congratulou-se pela apresentação desta primeira Unidade Local de Protecção Civil na freguesia, mas alertou: “Esta Unidade local de Protecção Civil não substitui o papel dos Bombeiros, vem ajudar o seu trabalho. Somos uma unidade próxima das pessoas, com a finalidade de prevenir riscos inerentes a situações de acidentes graves ou catástrofes na freguesia. O objectivo é atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer pessoas e outros seres vivos e bens em perigo.”
“A Unidade Local de Protecção Civil de Agrela e Serafão é um grande passo em frente na protecção das pessoas e bens e a melhor forma de proteger a população em situações de emergência é envolvê-las no combate, porque pode ser uma grande ajuda para enfrentar a primeira fase de resposta, antes da chegada das forças de combate. A presença e a envolvência das pessoas das aldeias constitui um beneficio para todos. Esta Unidade que hoje apresentamos vai permitir que esta ajuda, numa primeira fase, seja mais coordenada e organizada. Vamos, a partir de agora, poder informar e sensibilizar as pessoas, organizá-las e coordenar esforços e recursos.”
O Comandante Operacional do Município de Fafe, Gilberto Gonçalves, explicou que “a apresentação desta Unidade Local de Protecção Civil de Agrela e Serafão é, na verdade, a formalização daquilo que na freguesia já existia. Sempre que aqui há alguma ocorrência, sempre que os Bombeiros são aqui chamados, nunca lhes falta nada, têm sempre o apoio da Junta de Freguesia, com todos os meios e recursos que têm disponíveis. E, por isso, faz todo sentido criar uma Unidade Local de Protecção Civil na freguesia que irá, muito mais de dar resposta às ocorrências, ter um papel importante no planeamento, prevenção, sensibilização da população e a aproximação à comunidade para lhe transmitir directrizes e indicações importantes no que à Protecção Civil diz respeito.”
Hermenegildo Silvério Abreu, Comandante Operacional Distrital de Braga, marcou presença na iniciativa e aproveitou a ocasião para destacar “o papel que esta Unidade terá no apoio aos Bombeiros, numa primeira intervenção no local. É uma ajuda fundamental ao trabalho dos Bombeiros que, infelizmente, e como recentemente com o flagelo dos incêndios ficou provado, nem sempre conseguem chegar a todo o lado. E, por isso, estas Unidades Locais de Protecção Civil são uma mais valia e só funcionam, com base naquilo que costumamos dizer, ‘Faz o que podes, pede ajuda para o que não podes e verás que tudo consegues’”.
Recorde-se que a Unidade Local de Protecção Civil de Agrela e Serafão conta já com uma equipa de cerca de dez membros voluntários e duas viaturas de apoio. Esta Unidade Local tem a finalidade de prevenir riscos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe no território da freguesia, de atenuar os seus efeitos, proteger, socorrer e assistir pessoas e outros seres vivos e bens em perigo quando aquelas situações ocorram, apoiando na reposição da normalidade da vida das pessoas nas áreas afectadas da freguesia.