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Autarquias devem apostar na promoção dos recursos locais

As Câmara Municipais devem apostar nos seus melhores recursos e promove-los. Esse é o segredo para o progresso de um concelho que se queira afirmar. A ideia foi deixada no seminário sobre Internacionalização de Empresas que se realizou, esta terça-feira, no auditório da câmara Municipal de Fafe.

Na sessão de abertura, o vice-presidente da câmara de Fafe, Pompeu Martins, falou da necessidade de se debaterem temas como a internacionalização de empresas, salientando que hoje é primordial a aposta no mercado externo.

“Este tema é da maior importância porque, muitas vezes, as empresas não dão o passo da internacionalização por desconhecimento ou receio do que poderá acontecer. Numa altura particularmente difícil para enfrentar os desafios dos mercados, é também um desafio estarmos atentos para agarrar aquilo que de bom está ao nosso lado”, disse, lembrando que autarquia tem estado atenta a estas questões do empreendedorismo.

“A Câmara de Fafe tem tido um olhar especial nas questões do empreendedorismo. Este é apenas um do conjunto de pequenos passos em termos empresariais. Consideramos que para além do Gabinete de Apoio ao Empresário é necessário chamar os empresários para criar um território de desenvolvimento”, frisou.

A ideia de que o tema internacionalização é importante foi deixada também por Joaquim Lima, Administrador-delegado da Adrave,  que se referiu ao Ave como “uma das zonas mais empreendedoras do país” e que por essa razão devem ser aproveitadas todas as suas potencialidades para desenvolver o território, dentro e fora de portas. Segundo o responsável, neste ponto as autarquias têm um papel fundamental.

“As câmaras municipais devem olhar o seu território e ver os melhores recursos que têm para depois promove-los e vende-los. Não é preciso inventar. O segredo é apostar no que de melhor há no seu território e desenvolve-lo”, explicou, lembrando que “as câmaras são os motores do desenvolvimento”.

O seminário contou também com Manuel Caldeira Cabral, da Escola de Economia da Universidade do Minho, e de Pedro Vieira, consultor especialista em internacionalização, que explicaram as vantagens da internacionalização e a forma como deve ser feita.

O seminário terminou com dois exemplos de empresas fafenses de sucesso no mercado da internacionalização. 

Graciete Lima, da empresa Vinhos Norte, falou do trabalho da empresa familiar, criada em 1971. Segundo a empresária para se exportar é preciso em primeiro lugar definir muito bem os mercados e ter alguns conceitos do como poderá ser visto o produto nesses países.

“Não é fácil entrar no mercado internacional, no entanto temos de definir muito bem aquilo que queremos e apostar. Fecharmo-nos no nosso meio não é a solução”, explicou a responsável pela empresa que conta com 34 colaboradores e que exporta para países da América do Norte, Brasil, França e Alemanha. 

Com menos experiência no campo empresarial, mas já com produtos no mercado internacional, Paulo Cunha, da Interactive Touch, explicou que a sua empresa está ainda a dar os primeiros passos, no entanto é intenção alargar horizontes e ir mais longe.

“A minha empresa é ainda muito jovem, e apesar de termos poucos conhecimentos ao nível da internacionalização, arriscámos e neste momento já exportamos os nossos produtos para a Ucrânia e no próximo ano devemos entrar no mercado do Dubai e Argélia”, revelou o empresário.

Refira-se que o seminário “Internacionalização de Empresas: estratégias e Mercados” 

O Seminário “Internacionalização de Empresas: Estratégias e Mercados” marcou o início de um ciclo de Workshops na área da Internacionalização de Empresas, que vão decorrer em Fafe, no dia 2 de dezembro, sobre a “Internacionalizar para o Mercado Reino Unido” e no dia 4 de dezembro, subordinado ao tema “Internacionalizar para o Mercado Francês”. 

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