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Fafe comemorou 44º aniversário do 25 de Abril

Decorreram, ontem, as comemorações do 44º aniversário do 25 de Abril, em Fafe, com um conjunto de atividades que começaram logo pela manhã, com uma alvorada de morteiros e a XVIII Marcha pela Liberdade, pelos Restauradores da Granja.

Às 10h00, procedeu-se ao hastear da bandeira no edifício dos Paços do Concelho, com o desfile da Fanfarra do Agrupamento de Quinchães do CNE.

Na Avenida do Brasil, junto ao monumento de homenagem aos combatentes da Guerra Colonial, que perpetua a memória dos jovens fafenses que perderam a vida no conflito, foi evocada a memória de todos quantos participaram no conflito que durou 13 anos.

Finalmente, teve lugar a sessão solene evocativa da efeméride, no Teatro Cinema de Fafe, que abriu com a intervenção do Presidente da Assembleia Municipal, José Ribeiro.

O 25 de Abril foi, é e deve ser para o futuro sobretudo aquilo que estava inscrito no Programa do Movimento das Forças Armadas dirigido às classes mais desfavorecidas. Aproveito aqui a ocasião para saudar e felicitar esse programa, na pessoa do Se. Coronel João Ambrósio.

Os nossos militares que fizeram o 25 de Abril deverão ser sempre alvo do maior tributo, reconhecimento e gratidão dos portugueses.”

O Presidente da Assembleia aproveitou o momento para aplaudir a inauguração da obra de requalificação do Parque 1º de Dezembro, referindo que “Uma das melhores formas de assinalarmos esta data gloriosa é concretizando um passo mais no nosso desenvolvimento. As inaugurações, a concretização de obra ou a tomada de medidas servem para nos colar a essa memória da história que nos queremos conservar.”

O Coronel João Ambrósio agradeceu o convite para estar presente e pela homenagem prestada. Devo, primeiramente, destacar a forma tão digna e tão democrática como o Município de Fafe organiza todos os anos esta cerimónia comemorativa do 25 de Abril.

Quando há 44 anos, os Capitães de Abril quebraram as correntes da ditadura, resgataram a Liberdade e abriram o caminho ao fim de uma guerra sem sentido e paz, e viram o povo português envolver-se profunda e entusiasticamente no processo de reconstrução da felicidade, sentiram-se profundamente realizados na iniciativa a que haviam metido ombros: o sonho de servir o seu povo!”

A epopeia colectiva viria a tornar-se um acto único na História universal. O 25 de Abril de 1974 foi um dos momentos maiores da Luta do Homem pela Liberdade. Através dos jovens militares aconteceu coragem, a essência da Liberdade.”

Também os representantes dos Partidos Políticos com assento da Assembleia Municipal tomaram a palavra e puderam discursar, enaltecendo, em todas as tomadas de palavras, a importância que a Revolução dos Cravos teve na construção de um Portugal livre, democrático, justo e igual para todos.

Depois da entrega dos prémios 'Dr. Maximino de Matos' a Joana Filipa Ferreira Pinto e do Prémio ‘História Local’ a Lídia Maria Tavares, bem como do reconhecimento de alguns funcionários da autarquia, o Presidente da Câmara, Raul Cunha, fechou a sessão solene.

Vivemos, sem sombra de dúvida, tempos em que, 44 anos volvidos do 25 de Abril, a Democracia representativa se encontra estabilizada, embora a Democratização da nossa sociedade seja um processo sempre em evolução e nunca se possa considerar estar acabada.

Refiro-me, por exemplo, à necessidade de se promover um envolvimento cada vez maior dos nossos concidadãos, no sentido de serem estimulados a participarem no processo político de uma forma ativa, em todos os níveis de decisão.”

Somos, também, hoje, confrontados com uma avalanche de informação muitas vezes pouco correta, quando não, claramente falsa! E ao serviço de interesses inconfessáveis, usam os atuais meios de comunicação eletrónica como exemplo de ressonância destas notícias e que objetivamente criam um ambiente político crispado e que põe em causa a convivência democrática.

Outro aspeto que interfere na qualidade da democracia que vivemos tem a ver com a divergência entre o que os dirigentes políticos dizem e proclamam nos seus discursos e aquilo que fazem e decidem no dia a dia.”

Quanto ao Desenvolvimento, é evidente a forma como evoluímos desses tempos, desde 1974 para os dias de hoje. Mas também aqui não podemos considerar que o trabalho está feito, havendo sempre muito mais a fazer.”

Não podemos, nem devemos, gastar energias com polémicas inúteis e/ou com factos políticos artificiais que simplesmente nos façam distrair do objetivo principal que é continuar a cumprir Abril, melhorando a qualidade de vida dos Fafenses”, concluiu.

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