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Fafe revive tradição: três mil pessoas viram a queima do ‘Pai das Orelheiras’

Cerca de 3 mil pessoas marcaram presença, ao final da tarde, na queima do ‘Pai das Orelheiras’,  no centro da cidade.

A festa carnavalesca saiu à rua e as pessoas não quiseram deixar de ver uma tradição que se perdeu no tempo e que foi agora retomada pela Câmara Municipal, de forma a reavivar as tradições e as memórias dos fafenses.

Assim, foi colocado no centro da cidade um boneco com sete metros de altura, que, como manda a história, foi queimado perante milhares de pessoas e ao som de música fúnebre.

No final, o presidente da câmara municipal, Raul Cunha, destacou a presença de tantas pessoas numa iniciativa que se realizou pela primeira vez, mas que superou todas as expetativas.

“Realizamos esta iniciativa pela primeira vez, porque consideramos que devemos reavivar as tradições e promover o que é nosso. Apesar de ser novidade, esta moldura humana mostra que todos ficaram satisfeitos”, disse, revelando ainda que “a adesão superou todas as expetativas, o que obriga a fazer melhor no próximo ano”.

“Esta será sem dúvida uma experiência a repetir”.

O vereador do pelouro da cultura, Pompeu Martins, explicou que a autarquia decidiu retomar este número carnavalesco para, por um lado, revitalizar as tradições concelhias e, por outro, a trazer ao centro da cidade a animação de carnaval.

“Como é sabido, o carnaval em Fafe está muito ligado às freguesias. Este ano, quisemos juntar-nos aos festejos e, sem descaracterizar e desmobilizar os corsos tradicionais que se realizam em diversas freguesias do concelho, decidimos juntá-los aqui, no final do dia, e aproveitar a queima do ‘pai das orelheiras’ para revitalizar uma tradição do norte de Portugal, mas que, em Fafe, se foi perdendo”, explicou, salientando ainda que esta iniciativa apresenta uma novidade que tem a ver com o facto  “do boneco apresentar umas dimensões gigantescas”.

“Em Fafe, durante muitos anos fez-se a queima do ‘pai das orelheiras’, ou do entrudo, por iniciativa das freguesias ou instituições concelhias. Uma festa muito semelhante à que hoje estamos aqui a fazer, no entanto, esta tem uma particularidade – o boneco tem dimensões gigantes. Decidimos fazê-lo assim para criar mais interesse e mais impacto para quem decidiu passar por cá hoje”, frisou, relembrando que “em termos camarários, esta é a primeira vez que a iniciativa se realiza com um boneco destas dimensões e com este ambiente no centro da cidade”.

Apesar do frio, as pessoas não ficaram em casa e vieram a Fafe ver a festa.

Foi o caso de Mafalda de Sousa que veio de Guimarães para assistir a uma tradição que se está a perder no tempo.

“Vim aqui a convite de amigos. Parece-me uma excelente iniciativa. Nem mesmo o frio e o facto de ter um bebé me demoveram. É um evento muito bom para a cidade”.

Satisfeita também com o espetáculo, estava Carina Ferreira que salientou o facto de se promover a cidade com iniciativas destas.

“Vim pela curiosidade. Foi o primeiro ano e já se vê que é uma excelente iniciativa que promove a nossa cidade, o que é nosso. Chama pessoas ao centro, mesmo vindas de outros concelhos, o que é muito positivo”.

Alguns vieram por acaso e ficaram satisfeitos com o que viram. É o caso de Conceição Costa que referiu “ser uma excelente iniciativa que todos os concelhos deveriam ter”.

Gilberto Rodrigues gostou do que viu, dizendo que se deveriam realizar mais iniciativas deste género.

“Considero que deviam ser feitas mais iniciativas destas na cidade. As pessoas gostam e é assim que se promove a cidade e o concelho”.

Recorde-se que a queima do ‘Pai das Orelheiras’ foi o culminar dos carnavais que se realizaram durante a tarde nas freguesias.

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