A Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, visitou, esta manhã, o Projeto “Ei! – Educação para a Inclusão - E6G” – Programa escolhas”, no Bairro da Cumieira.

O ‘Projeto Ei!’ é uma iniciativa de impacto social, com foco centrado na inclusão de crianças e jovens de um contexto socioeconómico vulnerável em Fafe: o Bairro da Cumieira, construído no final da década de 70 para alojar pessoas de perfil social de desfavorecido. É um projeto que procura contribuir para a promoção de um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo e para a coesão económica, social e territorial.

Desde 2016, este projeto interveio junto de mais de 600 jovens do Bairro da Cumieira, entre os seis e 30 anos, proporcionando-lhes um conjunto de recursos suscetíveis de promover a inclusão, o sucesso escolar e o exercício de uma cidadania ativa.

Rosa Monteiro visitou as instalações do projeto, acompanhada pelo Presidente da Câmara Municipal de Fafe, Raul Cunha, reconhecendo a importância destas ações no combate à exclusão social e ao abandono escolar.

“É fundamental mantermos este tipo de projetos. O programa ‘Escolhas’, no geral, tem dezenas de projetos no país. É um programa que tem feito a diferença na vida de muitas famílias, muitos jovens e crianças que seguiram uma trajetória diferente, positiva e de integração e sucesso profissional.

O ‘Projeto Ei!’ é um dos nossos melhores projetos a nível nacional. Coordenado pela Sol do Ave e com apoio fundamental do Município de Fafe e de todo o consórcio de parceiros, este projeto assenta numa estratégia de intervenção que deve ser sistémica e integrada, no sentido de preparar os nossos jovens para um futuro e uma trajetória social que pode ser muito diferente de uma ideia fatalista de exclusão das comunidades ciganas, como é aqui, em Fafe, um dos focos centrais.

Nós temos um conjunto de áreas de aposta forte, que passam pela criação de equipas municipais de mediação intercultural, a manutenção destes projetos ‘Escolhas’ que trabalham competências familiares e apoiam os jovens, no sentido de combater o abandono e insucesso escolar.”

Rosa Monteiro revelou-se ainda muito satisfeita com o projeto de requalificação nas habitações do Bairro da Cumieira.

“Esta nova aposta do Município de requalificação das condições de habitação – um Direito Humano – é fundamental, uma vez que potencia a participação destas famílias noutras esferas na vida social, nomeadamente no Ensino. Nós temos uma realidade, a nível nacional, ainda muito marcada por algumas situações muito difíceis por parte destas pessoas que vivem em condições de habitação muito negativas. Com esta intervenção em Fafe, vamos conseguir reforçar esta trajetória de integração social, assente na escola, educação, reforço e certificação das competências, aumento das qualificações, integração e inclusão socio-laboral.”, explicou.

A sexta geração do Programa ‘Escolhas’ termina este ano, mas a manutenção do programa, por mais dois anos, está garantida. “Este é um dos programas que deixa Portugal mais bem cotado em matéria de inclusão e integração social, reconhecido a nível internacional e com resultados provados. É um programa que não podemos dispensar.”

Raul Cunha, Presidente da Câmara Municipal de Fafe, explicou, na ocasião, que “o projeto de requalificação do Bairro da Cumieira tem sido, nos últimos três anos, um dos nossos objetivos centrais e ao qual dedicamos muito dos nossos esforços e capacidades.

Desde a primeira hora que temos noção de que não chega requalificar os espaços físicos. É preciso também continuar a apostar e reforçar este tipo de intervenção, de forma a dar as capacidades às pessoas para que possam integrar-se na vida comunitária e ter as mesmas oportunidades.”

O autarca avançou ainda que de todo o edificado do Bairro vai ser requalificado, mas “estamos a equacionar um espaço mais desafogado para estes jovens exercerem as suas atividades, porque este é, sem dúvida, um projeto de sucesso que tem tido resultados concretos e práticos.”

Recorde-se que o projeto de Requalificação do Bairro da Cumeira vai intervir em 240 habitações, a maioria de famílias carenciadas.