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Terra Justa apresenta balanço positivo

“Sabemos que Fafe não é o centro do mundo, mas queremos colocar o mundo no centro de Fafe”. Foi desta forma que, esta tarde, o Frei Fernando Ventura se referiu ao “Terra Justa”, na sessão de encerramento.

O homem que abraçou um projeto que tem como objetivo debater as causas e valores da humanidade, salientou a importância de um evento desta natureza, uma iniciativa que coloca a sociedade a debater os problemas e as dificuldades do mundo moderno.

“Fafe traz o mundo para o centro da sua realidade. Fazer desta terra a troca de ideias é, sem dúvida, desafiador”.

Na sessão de encerramento que se realizou na Sala Manoel de Oliveira, o presidente da Câmara Municipal de Fafe, Raúl Cunha, agradeceu a todos os que colaboraram para que o evento fosse possível e fez um balanço positivo de um “Terra Justa” que tem sempre o mesmo objetivo: inquietar e pôr as pessoas a refletir sobre causas e valores da humanidade.

“No final desta segunda edição, faço um balanço extremamente positivo. O objetivo a que nos tínhamos proposto foi absolutamente conseguido. Conseguimos mexer com as pessoas, pô-las a pensar”.

Raúl Cunha lembrou que, desde da sua essência, a iniciativa teve sempre como objetivo principal a justiça e é através dela que tem vindo a debater temas que se têm revelado tão caros para o mundo de hoje.

“Quando partimos com a ideia desta iniciativa, Terra Justa, o objetivo foi pegar na ligação de Fafe à justiça e alargá-la aos direitos humanos e foi isso que fizemos nestes dois anos e pretendemos continuar a fazer”.

O último dia do “Terra Justa” foi de homenagem à Fundação Calouste Gulbenkian. Da parte da manhã, o presidente da instituição, Artur Santos Silva, agradeceu o reconhecimento da autarquia e falou de uma iniciativa que faz cada vez mais sentido.

“A tertúlia de café é muito importante. Desde os 10 nos de idade que costumava participar com o pai nas tertúlias, encontros que serviam para debater a atualidade. Hoje temos isto em Fafe, com este Terra Justa”.

Na conversa de café desta manhã, moderada pelo jornalista António Marujo, marcou presença Eduardo Lourenço, que enalteceu a iniciativa, salientando que esta homenagem à fundação é mais que justa.

“Este reconhecimento é mais que justo. A fundação Calouste Gulbenkian é uma casa mítica que deixa a sua marca a cada dia, em todos os setores da sociedade”.

O dia de encerramento da segunda edição do “Terra Justa 2016” fica ainda marcado pela conferência do Observatório para a Liberdade Religiosa sobre a “Europa Refugiada – o papel da Religião e da Laicidade nos (des)encontros do futuro”. Uma conferência com moderação de Joaquim Franco, do Observatório, que contou com a presença do provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, do professor espanhol Miguel Garcia-Baró, do professor José Eduardo Franco, da professora Filomena Barros e de Frei Fernando Ventura.

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