Bernardo de Vasconcelos, coordenador do Centro Cultural John Dos Passos & Universidade da Madeira, proferiu esta semana, no Auditório da Biblioteca Municipal de Fafe, uma conferência intitulada “John Dos Passos – o homem, a obra e as raízes portuguesas”.
Acompanhado por Daniel Bastos, consultor do Museu das Migrações e das Comunidades, o investigador começou por agradecer ao Município de Fafe o convite para a iniciativa, abordando seguidamente o percurso de um dos mais importantes escritores modernistas norte-americanos, John Dos Passos (1896-1970), capa da revista TIME em 1936, e interligando as temáticas da literatura e emigração.
Recordando as origens lusas do autor de Manhattan Transfer e U.S.A. Trilogy, livros marcantes da América da primeira metade do século XX, que descendem de Manuel Joaquim dos Passos, avô paterno do afamado escritor, natural da vila madeirense de Ponta do Sol, onde nasceu no início do séc. XIX., Bernardo de Vasconcelos destacou as várias visitas de John Dos Passos a Portugal, em particular à Madeira, assim como as constantes referências à terra de origem dos seus antepassados na sua obra prolixa, e a amizade do autor com grandes nomes da literatura mundial, como por exemplo, Ernest Hemingway.
O investigador madeirense salientou ainda que a ligação estreita de John Dos Passos à terra do avô paterno é, desde o alvorecer do séc. XXI, preservada e dinamizada pelo Centro Cultural John dos Passos, fundado em homenagem ao escritor americano com raízes lusas e localizada no centro da vila da Ponta do Sol. Uma instituição que está de portas abertas à cultura e a laços de colaboração entre instituições, como seja, por exemplo, o Museu das Migrações e das Comunidades, sediado em Fafe.