SOCIEDADE FILARMÓNICA FAFENSE BANDA DE REVELHE
A Sociedade Filarmónica Fafense (ou Banda de Revelhe, como é popularmente conhecida) tem a sua génese na denominada Banda de Música do Leonardo Ferreira Velho, dentro dos limites do concelho de Fafe. Mais tarde, em 1910, os elementos da ex-Banda de Música do Leonardo associaram-se a uma proeminente família de músicos (chamados os “fogueteiros de Revelhe”).
Provenientes da freguesia de Revelhe, com o objetivo de criar uma nova Banda de Música: A Banda de Música de Revelhe. No conjunto dos músicos fundadores destaca-se o exímio instrumentista de cornetim João de Freitas, mais conhecido por João de Revelhe.
Posteriormente, em 1958 a Banda de Música de Revelhe dá origem à Sociedade Filarmónica fafense. Do grupo de músicos fundadores salienta-se o mítico maestro José Ferreira Maciel.
Em 1960 um grupo de fafenses – José ferreira Maciel, Armindo da Rocha Alves, José Maria Moniz Rebelo, Carlos Alberto Soares (Bristol), Dalmo Pinto e Padre José Gonçalves de Sousa – entre outros, reuniram-se e fundaram a Sociedade Filarmónica fafense, para apoiar e dar personalidade Jurídica à Banda de Revelhe. É eleita a primeira direção que ficou composta por José Ferreira Maciel, Armindo da Rocha Alves, Carlos Alberto Soares (Bristol), Dalmo Pinto.
No ano de 1960, obteve o 2º lugar e o diploma de Mérito Artístico Especial, em primeiras categorias, no 1º Grande Concurso Nacional de Bandas Civis organizado pela FNAT.
Em 29 de Setembro de 1960, a Banda de Revelhe foi distinguida pela Câmara Municipal de Fafe, com a medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro – pelos serviços prestados no campo da cultura à cidade de Fafe. Esta medalha foi-lhe entregue por sua Exa., o então Ministro das Corporações e Previdência Social, Dr. Baltazar Rebelo de Sousa.
Em 1971 participa no 2º Grande Concurso Nacional de Bandas Civis, organizado também pelo FNAT, obtendo o 1º lugar em primeiras categorias.
Em Junho de 1979, foi convidada pela Associação Portuguesa de Dumont para participar nas festividades de S. João, realizando vários concertos por toda a França, sendo de realçar o sucesso apoteótico da Banda, no Parque de Estrasburgo, em Paris.
Em 1983, conquistou o merecido 1º lugar em primeiras categorias, no 1º Festival Nacional de Bandas Civis, organizado pela EDP. Efectuou diversas deslocações ao país vizinho, realizando numerosos concertos, tendo merecido os mais rasgados elogios dos musicólogos.
A participação da Banda de Revelhe nos eventos artísticos acima citados e os resultados obtidos deram-lhe projeção Nacional e Internacional, recebendo a Banda como prémio, um novo instrumental oferecido pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Sucessivas gerações de músicos desempenharam um papel vital no desenvolvimento social e cultural em consagração do projeto artístico modelar. Mas há pessoas que pela dedicação em prol da Música e da Banda de Revelhe é justo realçar: José Ferreira Maciel e Armindo da Rocha Alves, para além de outros já referidos, que exerceram funções durante várias dezenas de anos.
Do extenso reportório da Banda, constam obras clássicas e contemporâneas de todos os períodos e géneros musicais, dos mais consagrados compositores.
Há sobretudo uma força da cultura importante para a cidade de Fafe e fundamental para o país.
Formação Artística de Paulo António Leite Pereira
Nasceu em 1969 em Felgueiras. Iniciou os seus estudos musicais aos 7 anos de idade na Banda de Música de Felgueiras.
Aos 15 anos de idade entrou para a Banda do Exercito, aos 17 ingressou da Banda da Guarda-fiscal de Lisboa onde exerceu funções de solista, tendo interpretado o Concerto nº 2 de Weber no Teatro da Trindade, em Lisboa.
Em 1989 ingressou no Conservatório Nacional, na classe do Professor Jaime Carriço e foi membro da Orquestra de Câmara. É diplomado pelo Conservatório Nacional.
Em 1990 candidatou-se a concurso público ao posto de Subchefe da Banda Sinfónica da Policia de Segurança Pública de Lisboa tendo obtido o 1º lugar. Mais tarde obteve o posto de Chefe e exerceu as funções de solista tendo interpretado o Concertino de Weber no Teatro Luisa Todi em Setúbal; Concerto de Mozart no Teatro da Trindade, no Teatro S. Carlos, Teatro Maria Matos e CCB em Lisboa, sob as direções do Major Silvério de Campos e Subintendente Ernesto Esteves e subcomissário Alberto Freitas.
Em 1995 interpretou o Concerto nº 2 para clarinete de Weber no Teatro Nacional de S. Carlos; colaborou com a Orquestra Nova Filarmonia Portuguesa, sob a direção do Maestro Álvaro Cassuto e Orquestra de Palco de Ópera do Teatro Nacional de S. Carlos.
Foi membro do quinteto de sopros Olissipo de Lisboa, tendo gravado para o programa “Outras Músicas” da RTP e RDP.
Participou no Concurso de Música de Câmara em Paris, Estreia da Cantata do Cónego Ferreira dos Santos.
Colaborou com Orquestra Nova Filarmonia Portuguesa e Orquestra Palco de Opera do Teatro S. Carlos.
Foi fundador do Conservatório de Música de Felgueiras, onde exerceu funções de coordenador.
Foi elemento da Banda de Revelhe – Fafe, sob a Direcção do Maestro Ilídio Costa, com a função de solista e concertista, interpretando Concerto para clarinete e Orquestra Karol Kurpiski e Concerto nº 2 de Weber.
Foi Coordenador dos Concursos Luso-Galaico “Albertino Lucas”.
Desde 2012 é Maestro da Sociedade Filarmónica Fafense - Banda de Revelhe.