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Estação Memória abre ao público em maio

O ato inaugural da Estação Memória ocorreu na passada quinta feira, no âmbito das comemorações do cinquentenário do 25 de Abril estando programada a abertura ao público em maio, segundo foi anunciado na ocasião.

O Presidente da Câmara Municipal de Fafe, Antero Barbosa referiu que a obra, que foi empreendida por responsabilidade do anterior Executivo, sob presidência de Raul Cunha, terá, enquanto infraestrutura de cultura, um papel muito relevante pela capacidade de centrar num único espaço, aspetos relacionados com a preservação, história, património e turismo de uma forma abrangente a todo o concelho.

Salientando a vertente tecnológica do espaço, projeto este adaptado pelo atual Executivo, afirmou que “é também muito importante para os estudantes, para que possam interagir e aprender mais sobre o passado, presente e futuro da cidade de Fafe e do concelho, com recurso ao digital, mas sem perder o contacto com os objetos e a interação com as pessoas”.

A Estação Memória está dividida em três carruagens, que representam o passado, o presente e o futuro da cidade de Fafe, permitindo realizar uma visita com experiência imersiva e interativa. Estiveram presentes na Estação Memória representantes das Juntas de Freguesia de Golães, Seidões, Arnozela e Aboim, que mostraram o processo de produção de produtos artesanais fafenses, como os crivos, os cestos, as meias, assim como outros produtos feitos com recurso à palha.

O antigo armazém de mercadorias foi entretanto equipado de forma a tornar-se em galeria de arte, mas com uma capacidade versátil para acolher outras atividades culturais como concertos, conferências em contexto de auditório com lotação para 100 lugares sentados.

A carruagem do passado funcionará como um registo histórico do passado, com diferentes objetos que podem ser explorados com recurso a sistemas interativos e sensorização áudio e em diferentes idiomas. No mesmo contexto, uma instalação interativa inspirada num modelo do tipo rede neural apresenta vários pontos luminosos que mediante interação com o visitante permite conhecer as personalidades que ao longo dos tempos contribuíram para a construção da história de Fafe.

Numa segunda carruagem funcionará uma sala de cinema imersivo, onde o visitante terá a oportunidade de visionar aspetos relevantes de Fafe - o «salto da pedra sentada» aludindo ao Rali de Portugal, o carvalhal, o parque eólico, a barragem da Queimadela, a Central Hidroelétrica de Santa Rita, são alguns pontos de passagem obrigatória na viagem que é proposta nesta experiência de visita.

Na terceira e última carruagem (do futuro), será apresentado o tema da sustentabilidade ambiental e dos recursos energéticos renováveis. Aqui os visitantes vão poder participar num jogo interativo que envolve a utilização de modelos das bicicletas que compõem o sistema partilhado de mobilidade (as «Vitelinhas») e a produção de energia.

Nesta «estação» de cultura e turismo há lugar para a apresentação dos produtos locais e artesanato, bem como para a divulgação turística. O objetivo é que, depois de uma visita imersiva, os visitantes e turistas sintam vontade de conhecer todos os locais apresentados. 


Exposição inaugural apresenta «Percurso criativo do Mestre Orlando Pompeu»

Na galeria da Estação Memória foi inaugurada uma exposição de arte contemporânea alusiva ao percurso criativo do Mestre Orlando Pompeu, artista plástico nascido em Cepães, Fafe. As obras expostas - que incluem um auto retrato do artista - viajam pelo caminho estético que implicou ruturas evidenciando-se bem aquela que é a primeira fase de trabalho do pintor. Das flores às obras emblemáticas inspiradas nas pessoas e vivências da sua terra natal, Pompeu convida a viajar pelo mundo. As obras expostas apresentam-se, todas elas, interligadas por temas alusivos ao comboio, às viagens, aos animais e às pessoas.

Na apresentação inaugural o pintor aproveitou o simbolismo do dia para saudar os capitães de Abril, confidenciando que "se não fosse o 25 de abril a arte não teria desabrochado" e agradecendo a “moldura humana presente na (sua) cidade mãe" manifestou a sua alegria por ter algumas das suas obras (todas elas pertencentes à coleção de arte do Município) expostas para as pessoas poderem admirar".

A reconversão e ampliação do armazém da antiga estação de comboios de Fafe, que após ser descontinuado o troço ferroviário Guimarães-Fafe em 1986, ficou praticamente abandonado, dá assim lugar a uma nova infraestrutura cultural. O antigo armazém de mercadorias da desativada estação ferroviária de Fafe sofreu obras de reconversão e ampliação, para valorização do espaço e compõe um projeto alargado que pretende transformar a envolvente aos dois edifícios num verdadeiro núcleo de cultura e turismo numa zona nobre da cidade.

O projeto de construção e o recurso a equipamento e conteúdos digitais foram financiados e a reprogramação da intervenção vai permitir, num futuro muito próximo, desenvolver experiências imersivas, interativas e culturais tendo o legado histórico, as tradições e as personalidades de Fafe como tema central e ponto de partida para uma viagem que incluirá, entre outros, temas como o Rali, a mancha de carvalhal, a rede de museus, a gastronomia e as lendas locais.

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